quarta-feira, 2 de novembro de 2011

365 dias de finados, a viuvez das coisas me consternam a alma.


Não é pelo unitário título de mamífero, bípede,

áptero, racional, mas pela apetência sanguinária

de meu alto âmago venusto, que venho propungnar-me
e desopilar a infrutífera rigem de tais menoscabos.


E conceder-vos-ei lúbricos indultos se disserdes
que foi por mera ignorância que galhofaste
de meu alto âmago venusto, e confesso-lhes!
Não sou crisóstomos, não possuo o dom da facúndia.



Porém disseste que eram icognicíveis tais manifestos
impondo-me tão dúbio título de néscio.
E mesmo assim se tu vierdes genuflectir diante de minha alva

e austera forte. Dar-te-ei tal cusparada

que verás tua ríspida e fátua face emergir-se de tão fatídico líquido
e não mais ousarás barafustar as honras de minha residência
nem tão pouco deblaterar contra as minha cristalinas
concepções modernistas.



Escrito por:

Marcelino Moura

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