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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

365 dias de finados, a viuvez das coisas me consternam a alma.


Não é pelo unitário título de mamífero, bípede,

áptero, racional, mas pela apetência sanguinária

de meu alto âmago venusto, que venho propungnar-me
e desopilar a infrutífera rigem de tais menoscabos.


E conceder-vos-ei lúbricos indultos se disserdes
que foi por mera ignorância que galhofaste
de meu alto âmago venusto, e confesso-lhes!
Não sou crisóstomos, não possuo o dom da facúndia.



Porém disseste que eram icognicíveis tais manifestos
impondo-me tão dúbio título de néscio.
E mesmo assim se tu vierdes genuflectir diante de minha alva

e austera forte. Dar-te-ei tal cusparada

que verás tua ríspida e fátua face emergir-se de tão fatídico líquido
e não mais ousarás barafustar as honras de minha residência
nem tão pouco deblaterar contra as minha cristalinas
concepções modernistas.



Escrito por:

Marcelino Moura

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Poema

Frejat e Cazuza


Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

1º de dezembro





A data de 1º de dezembro é vista por um grupo de amigos aqui de Juripiranga, no qual eu faço parte, como a celebração da chegada do final de mais um ano. Chamado de primeiro do último, esse dia é comemorado com vinho e escevendo poesia. Esse "ritual" surgiu em 2005 quando nos reunimos no dia 1º de dezembro para comemorar a chegada do final do ano e celebrar aquele ano que particularmente para nós foi maravilhoso (pena que os anos não se repetem) em um lugar qualquer da cidade, com um garrafão de vinho de 5 litros alguns bloquinhos de papel, caneta na mão e os corações cheios de sentimentos importantes para guardar naqueles papeis. Guardamos tudo em forma de poesia, descrevemos situações inusitadas, escrevemos coisas que não contamos para ninguém durante o ano inteiro, xingamos também, (ninguém é de ferro), mas prevaleceu o momento de celebração.
Daí surgiu a idéia de não lermos o que estavamos escrevendo, teriamos que dobrar de maneira uniforme e guardar o que todo mundo escreveu num só lugar, ao secar o garrafão de vinho iriamos colocar tudo dentro da garrafa e guardar até o ano seguinte, quando tomariamos outro garrafão, abriríamos o da ano anterior e escreveríamos mais nos papeis, juntariamos tudo novamente e no ano seguinte... Pois bem, assim se fez até os dias de hoje. Cinco anos se passaram, algumas pessoas importantes se foram, outras chegaram, alguns dos idealizadores não podem participar por motivos de distância, pessoas novas se agregaram a nossa turma, nos agregamos a outras turmas também, mas estamos lá! Daqui a pouco mais um encontro para a celebração do primeiro do último.

Antes de concluir, quero chamar atenção para alguns motivos que temos para comemorarmos a chegada de dezembro. É no mês de dezembro que as pessoas mudam, todos mudam (implicitamente ou não) seus comportamentos, a pessoa que teve um excelente ano, vai ficar meio apreensivo se o próximo ano vai ser tão bom quando o que está acabando, ou a pessoa que teve um ano péssimo, pode começar a se animar com a esperança de que terá um próximo ano melhor, os tristes por motivos de solidão se alegram, pois é geralmente nessa época que todo mundo lembra de todo mundo, os tristes por motivos de perca de familiar ou alguém querido pode enxergar no natal um motivo para celebrar a vida, é o mês em que acontece as confraterizações que é o momento de sentar com aquela pessoa que falou mal de você o ano inteiro (ou visse e verssa) e comerem juntos um tipo de comida que geralmente não comem durante o ano, é o mês dos comerciantes contratarem mais gente, pois a idéia NATAL vende muito e isso gera lucro. É ainda no mês de dezembro que todos esperam a chegada de janeiro, onde muitos tiram férias (outros continuam sem fazer nada) e migram para o litoral, onde se vive os 'sonhos' mostram as riquesas e as aparências nunca são tão bem aparentes como nesse momento, mas falar de janeiro merece uma postagem particular, o foco aqui é dezembro.
Temos aí diversas demostranções do que acontece no mês de dezembro, algumas podem ser contestadas, outras devem ser contestadas, outras simplesmente não tocam ninguém, mas tenho certeza que todos vocês concordam que dezembro é um mês diferenciado de todos os outros.
Bem, expondo minhas idéias e revelando meu segredo sobre nosso ritual de 1º de dezembro me dispeço, está na hora de encontrar a turma, escrever o que sinto hoje, o que senti durante o ano e o que pretendo sentir no próximo ano. À todos FELIZ MÊS DE DEZEMBRO!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

o que não controlo?




"As coisas mais extraordinárias que conhecemos são àquelas da qual não temos controle"


escrito por:                   
'Eu mesmo'



União


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Clarice Lispector



“Sobretudo um dia virá em que todo meu movimento será criação, nascimento, eu romperei todos os nãos que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há a temer, que tudo o que eu for será sempre onde haja uma mulher com meu princípio, erguerei dentro de mim o que sou um dia, a um gesto meu minhas vagas se levantarão poderosas, água pura submergindo a dúvida, a consciência, eu serei forte como a alma de um animal e quando eu falar serão palavras não pensadas e lentas, não levemente sentidas, não cheias de vontade de humanidade, não o passado corroendo o futuro! O que eu disser soará fatal e inteiro!”