quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Pessoas são Pontes



As pontes servem para nos levar para outros lados, outras terras, atravessar obstáculos, cruzar fronteiras. Algumas Pontes nos distanciam de quem gostamos, porém não há Pontes que sejam completamente intransitável, intrespassável.
Há um bom tempo sou admirador de Pontes, elas são mesmo uma das invenções mais acertadas do ser humano, ou de Deus. Vislumbro Pontes pela sua capacidade de ligar pontos que de uma maneira natural seria impossível de presenciarmos um encontro.
Algumas Pontes são desafios. A dúvida do que encontraremos por lá do outro lado faz com que possamos pensar se é melhor para nós cruzá-las, ou não! Existem Pontes que nos motivam a conhecer outras Pontes, Pontes que nos afastam de Pontes (pessoas), Pontes que nos aproximam de Pontes (pessoas), Pontes que nos afastam de nós mesmos, ou que nos aproximam de nós.
Pontes para serem fantásticas não precisam de grandes estruturas, ou de tanta engenharia. Uma madeira cruzada entre dois lados de um córrego já uma ponte, simples, mas cumpre seu papel de ponte. 
Gosto de parar sobre algumas Pontes, estar sobre elas me faz sentir leve, pesando sobre a magnitude de sua grandeza. Pessoas (Pontes) passam por Pontes, mas as Pontes não passam por ninguém, elas ficam! Por isso devem ser resistentes, suportam cargas pesadas de maneira inabalável. Imóveis, elas não precisam procurar pessoas (Pontes) para atravessá-las, as pessoas (Pontes) quem vivenciam suas necessidades de passarem por elas. A necessidade de Pontes, faz com que sejamos criativos, nos surpreendamos, vençamos nossos objetivos.
Outra coisa fundamental que devemos perceber é que não há atalhos em Pontes, se queremos cruzá-las, temos que ser reto e objetivo, um desvio pode ser fatal. 
E você, qual o tipo de ponte quer ser? Ou melhor, qual o tipo de ponte que você pode suportar?

terça-feira, 31 de julho de 2012

I Fórum Municipal de Cultura de Juripiranga Culmina com a formação do Conselho Municipal.






É evidente em nosso município que nesta administração, em um curto período de oito anos, tivemos um enorme desenvolvimento sócio-econômico, até mesmo acompanhando a boa fase de nosso país, nossa cidade cresceu junto. Crescemos em muitos aspectos; populacional; financeiro; nossa auto-estima, apesar de ainda estar longe do ideal, melhorou nos últimos anos; nossa imagem perante outros municípios que antes era de desprezo e motivos de piadas, tem mudado gradativamente. Tudo isso em virtude de um trabalho sério, realizado de forma a visar a melhoria de vida a todos os juripiranguenses. 

Porém é comprovado perante toda sociedade que o crescimento também traz seus malefícios. Grandes sociólogos como Karl Max e Max Webber já previam desde o século XVIII e XIX que as desigualdades sociais seriam o futuro da humanidade e que diante dela e de tanto crescimento surgiriam problemas tais como violências e desordem, que chegaríamos ao ponto de por a venda tantas coisas, e chegamos, hoje negociamos até o corpo humano, é só abrir qualquer revista adulta que está na “vitrine” corpos esculturais que foram colocados a venda. Eles ainda não chegaram a prever o uso de drogas demasiadamente quanto nos dias de hoje, não previram que pais matariam filhos, que filhos matariam pais e que estaríamos ilhados em meio a um sistema controlado por bandidos que agem com suas próprias leis.

Você se acha a margem destas situações? Todo crescimento deve ser ditado de forma equilibrada para que possamos o máximo possível nos esquivar de tamanhas atrocidades encontradas no meio social. Esse equilíbrio é dado por meio de preparação para encarar um novo mundo, baseado no conhecimento, em um novo modo de se comportar diante novas situações. E quem é que duvida que o melhor caminho para chegarmos a esse nível de equilíbrio passa pela educação e pela cultura da população? Você acha comum o crescimento da violência na nossa cidade? É comum o número crescente de jovens em contato com as drogas? É comum o número de meninas que mal saíram de sua infância se prostituindo de forma descarada? É confortável perdermos o status de cidade pacata que sempre tivemos? É de nosso costume andar com medo pelas ruas de Juripiranga?

Pois é amigos, acreditem (ou não), isso se deve muito a nossa grande despreocupação com os investimentos na cultura de nosso povo. Há ainda quem imagine que cultura é um caso de ultima necessidade. De fato investimentos em cultura apresentam resultados satisfatório em médio, longo prazo, não é fácil cultivar algumas idéias, isso não é nada interessante para quem precisa comprovar trabalho imediato para depois trocá-los por algumas centenas de votos.

Como citei no início, crescemos, mas crescemos de forma desequilibrada, não oferecemos opções sadias de lazer aos nosso jovens, pelo contrário, nosso centro recreativo nos fins de semana é uma ótima casa para quem deseja usar, comprar e vender drogas ilícitas, ou não. Costumo dizer que estamos com oito anos de atraso nas nossas políticas públicas culturais, pois tudo cresceu, se desenvolveu, mas elas não!

Investir em cultura é muito mais proveitoso para o município do que muita gente imagina. Além de alimentar nosso povo com “pratos sadios” de conhecimentos, é possível através dela, gerar sustentabilidade, ramificações turísticas, explorar o potencial de nossos jovens cada dia mais e mais e elevarmos mais ainda nossa auto-estima, o nome de nossa cidade e consequentemente de nossos governantes. 

Investir em cultura é ter um povo mais inteligente! O sociólogo francês Pierre Bourdieu afirmava que ao termos contatos com determinados segmentos culturais criamos algo chamado Capital Cultural e a educação em si, as escolas de forma geral cobram por esses conhecimentos. Daí a explicação para que os filhos de famílias níveis culturais elevados serem considerados na escola mais inteligente sobre as outras crianças.

Quando eu falo em trabalho com cultura não me refiro apenas a uma ou duas festas de rua anuais que temos. Não se trata de proporcionar um palco B para artistas locais e/ou para aumentar a quantidade de atrações em uma festa. Me refiro a gerar oportunidades de mostrarmos o quanto somos capazes e em todos os segmentos trabalhar junto com os que estão no dia a dia, fazendo, pondo em prática, levando tombos para aprenderem que vão sofrer no rumo que escolheram. É pensarmos em proporcionar para aqueles que todos os dias de suas vidas estão se empenhando em buscar uma nova forma de nos entreter, é pensar naqueles que muitas vezes deixaram seus sonhos morrerem por não ter condição alguma de alimentá-los. Vamos guiar nossos olhares neste momento para as novas possibilidades de recomeçarmos um trabalho de forma digna, honesta e que possamos num futuro não muito distante, pensarmos que é possível ser artista em Juripiranga, sem que seja necessário um filho da terra ter que mudar-se para a capital ou qualquer outro centro urbano para poder exercer seus dons com dignidade. Vamos nos mobilizar e mobilizar nosso povo para a partir de agora, pensarmos em uma política pública cultural de forma DEMOCRÁTICA, onde cada um possa expressar sua opinião, que as críticas construtivas sejam aceitas como um tijolinho que vai construindo um paredão que nos faz crescer a cada dia. 

A criação e manutenção da autoridade (leia-se: Autonomia) deste Conselho é sem dúvida um grande passo que damos hoje em nosso município para um novo horizonte, mas é necessário que além de criado ele seja ATIVO, é preciso que ele tenha voz e vez assim como dita sua lei de criação, sem esses objetivos, de nada adianta estarmos tido presentes no fórum, de nada adianta proferir tais palavras, de nada valerá nosso empenho em nos fortalecer.

Para encerrar gostaria de agradecer a Secretaria de Educação e Cultura pela preocupação em realizar este fórum, com a finalidade de que possamos atender alguns requisitos MINIMOS que são necessários para sermos contemplados com alguns recursos em nossa cidade. Agradecer a Maria de Fátima (Fafá) pelo grandíssimo esforço, a Secretária Petronila pela paciência conosco e todos os presentes hoje no Centro Recreativo de Juripiranga.

A solução para muitos problemas que enfrentamos hoje em dia pode estar nas nossas mãos, é muito viável e só basta um pouco de boa vontade e determinação de todos nós.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Documentário sobre aboio é lançado nesta sexta-feira em São José dos Ramos



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Gravação do documenário

Resultado de uma capacitação realizada através do projeto de audiovisual Janela do Mundo, com a participação de 20 jovens, o documentário “O Som do Aboio” será lançado nesta sexta-feira, 23 de março, em São José dos Ramos, conhecida como a cidade do aboio e do vaqueiro. O lançamento oficial acontece às 16h, na Casa da Cultura Zé Preto.

Às 20h, os moradores e visitantes poderão conferir a exibição do curta-metragem durante a festa do padroeiro, São José, através de um telão instalado na Praça Noel Rodrigues. “O Som do Aboio” será exibido também nas escolas do município e nas comunidades da zona rural.

Os jovens moradores do município participaram do curso de audiovisual, que foi realizado durante seis meses e que tem como conclusão a realização do documentário. As gravações do curta-metragem sobre vaqueiros e aboiadores foram realizadas em janeiro, na Fazenda Pirapanema, em São José dos Ramos, que fica na Zona da Mata paraibana.

Além de produzir o documentário “O Som do Aboio”, com direção de Adriano Roberto, o projeto Janela do Mundo desenvolveu ações que capacitaram jovens e moradores, na Casa da Cultura Zé Preto, em São José dos Ramos, e no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, em Itabaiana (PB).

Os objetivos são manter viva a memória para o resgate da autoestima da comunidade e estimular uma visão crítica da linguagem do audiovisual dos participantes. O projeto Janela do Mundo tem o patrocínio do Programa BNB de Cultura, em parceria com o BNDES, e apoio da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Núcleo de Produção Digital (NPD-PB) e Prefeitura Municipal de São José dos Ramos.

Segundo Dudé Rodrigues, responsável pela produção executiva, o documentário eternizou a cultura do aboio em São José dos Ramos. “Essa cultura é disseminada e reproduzida de geração em geração na contramão do mundo contemporâneo. Jovens e ainda crianças se tornam conhecidos pela prática de toadas de vaqueiros, seguindo o legado do mais famoso aboiador, Zé Preto, que não foi o último de um tempo e de um povo, e que compõe a equipe ao lado de Marcelo Quixaba, orientador de direção, fotografia e montagem, e Edglês Gonçalves da Silva, coordenador no município”, explicou.

O diretor e aluno participante Adriano Roberto disse estar realizado com esse documentário. “Estou muito confiante com relação à repercussão  desse filme nos festivais de cinemas. Enche-me de alegria saber que demos asas à nossa imaginação a partir do momento em que abraçamos essa oportunidade do projeto Janela do Mundo. Esse filme é a concretização de nosso objetivo enquanto projeto, deixando pra nós uma aprendizagem significativa. Falar do vaqueiro é o mesmo que abrir uma caixa de tesouros, sua vasta cultura e sabedoria enriquecem o filme de maneira orgulhosa por se tratar de uma profissão pouco valorizada, mas que representa com autoridade a cultura nordestina”.

Para Elielson Freitas, também aluno participante da capacitação e produtor de set, a experiência que teve no projeto foi uma ótima oportunidade para expressar os conhecimentos no dia a dia. “No decorrer do curso mudei o meu jeito de agir, falar e olhar, ou seja, mudei totalmente o meu conhecimento relacionado à cultura”, disse.

Marcelo Quixaba, orientação de direção, fotografia e montagem, disse acreditar muito na força das pequenas cidades. “Os alunos do Janela do Mundo em São José dos Ramos se dedicaram e puderam aplicar a teoria em um curta-metragem. O resultado foi o documentário 'O Som do Aboio'.  Fico muito feliz por todos. Sempre acreditei nesse modelo de projeto, onde a prática é a realização da teoria. Com isso, conseguimos contagiá-los e agora o cinema faz parte de suas vidas”, observou.

Aboio – Durante a primeira metade do século XX, Itabaiana, no agreste paraibano, foi um dos maiores entrepostos de comércio de gado no Nordeste. A cultura em torno da criação bovina marcou a zona rural do município, inclusive o distrito de São José que na época pertencia ao município de Pilar, que somente no final do século foi elevado à condição de cidade. São José dos Ramos tornou-se conhecida como a terra dos aboios, por ser comum os vaqueiros do lugar tangerem a boiada para os pastos ou para o comércio em Pernambuco ao som da melancólica poesia de canto original.

Equipe:
DIREÇÃO/ROTEIRO: Adriano Roberto 
ARGUMENTO: Criação coletiva
PRODUÇÃO: Edglês Gonçalves, Vinícius Santos e Wilma Rejane
PRODUÇÃO DE SET: Elielson Freitas e Wilma Rejane 
FOTOGRAFIA e OP. CÂMERA: Leila Nascimento
ASSISTNETE DE CÂMERA: João Batista Cavalcante
SOM: Janiele Felix e Sulivan Alves
ASSISTENTE DE SOM: Vinícius Santos
MONTAGEM: Adriano Roberto e Sulivan Alves 
FINALIZAÇÃO: João Paulo Palitot
MAKING OF: João Paulo Lima e Edglês Gonçalves
ESTAGIÁRIOS: João Paulo Lima e Carine Fiúza 
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Dudé Rodrigues  
ORIENTAÇÃO DE DIREÇÃO, FOTOGRAFIA E MONTAGEM: Marcelo Quixaba
ORIENTAÇÃO DE ROTEIRO: Torquato Joe

domingo, 11 de dezembro de 2011

Reféns

Em Juripiranga a coisa tá séria quando se trata de fornecimento de energia elétrica e telefonia móvel. Agora é rotineiro faltar energia todos os dias, pelo menos 1/4 do dia e pra variar quando isso acontece o sinal de telefone móvel que é fornecido pela OI simplesmente DESAPARECE. O que mais frusta é que as vezes ele volta, outras não. Sexta feira passada dia 09/12/2011 passamos 16 horas sem o sinal desta BENDITA operadora.

A situação é como se estivéssemos vivendo na Etiópia, claro que isso é mal comparando a situação, mas lá o fornecimento de comida se dá desta forma, dosadamente durante um período, onde você tem que aproveitar o alimento que chega nos helicópteros da ONU e jogam a comida para os cidadãos etiopianos. Voltando a nossa ilha (perdida no nada) temos que aproveitar o pouquinho de energia que temos durante o dia se quisermos por exemplo passar roupa. Não podemos mais simplesmente escolher: quero passar roupa as 14h:00min! Não, isso não nos pertence mais, temos que ser guiados com o horário que a nossa querida ENERGISA desejar fornecer energia elétrica. 

Assim como também não podemos mais falar para aquele amigo ou amiga: "a noite eu te ligo!" Sonha que é de graça, falar com o seu amigo não! Temos que esperar a MALDITA operadora OI liberar o sinal para podermos utilizar o aparelho celular que é nosso, mas dependemos dela para o uso.

Não vou alongar mais, acredito ter deixado o meu recado e que ele seja propagado pelos quatro cantos da cidade, é o que podemos fazer para apelar que esses serviços melhorem, afinal, pagamos por eles e não é nada barato e assim um dia quem sabe deixaremos de ser REFÉNS!???

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Como suportar?

Como suportar entrar naquela casa? Olhar para aquela poltrona e não o ver lá? Saber que tudo que passou foi muito bom, mas que não terá outra chace de fazer novamente? Como suportar saber que um dia você teve a chance de olhar no olho dele e dizer "Eu te amo"? O que fazer para não se permitir à loucura que chega batendo a sua porta todos os dias? Quem buscar quando precisar daquele conselho? Justamente aquele conselho que por diversas vezes não escutei e fiz tudo diferente.

Nossas perdas fazem com que façamos boas reflexões sobre nossos atos com as pessoas. Ele certamente estaria descansando mais feliz se tudo que eu tivesse feito, fosse por ele. Enquanto que por outro lado eu fico feliz por que sei que tudo que por ele foi feito, foi por mim. Tudo é tudo mesmo! Coisas que estavam ao alcance, outras não estavam, mas ele foi lá e trouxe para mim. O digno de tudo é que ele soube me preparar para o futuro, sabia que não eu iria conseguir sem ouvir aquelas palavras, sem levar aquelas broncas, sem aqueles conflitos de idéias, sem nada para reclamar. 

Aquele mês de janeiro nunca mais se repetirá, assim como o de fevereiro, março, abril... agosto então é  puro tormento. Em dezembro, o queijo do reino está posto à mesa. Lembro dele chegando todo feliz com o queijo do reino na mão, como se fosse a maior conquista, era algo tão significante. Era o sinônimo de que tudo ia bem, a prosperidade buscada durante anos, finalmente havia chegado, o tinha como um troféu, era como se o desafio de dar o melhor para sua família fosse vencido. Por muitas vezes fui flagrado esperando a porta abrir e ele entrar, chata ilusão, dolorosa esperança. O tempo mudou de valor para mim, hoje eu o vejo passando sem querer ficar, quero acompanhá-lo até que me leve de vez e assim quem sabe, eu possa ficar mais próximo dele, nem que seja no mesmo buraco. 

Não dá para descrever como é essa ausência, algo vazio, algo que falta a todo momento. Não é uma pessoa a menos para contar suas novidades, é A pessoa a menos, é como se o resto não lhe interessasse mesmo, é como se tudo que continua ao teu redor fosse (des)completo. Não quero magoar as pessoas que estão ao meu lado, as amo tanto quanto, mas quero ser compreendido em minha dor.

Se eu pudesse voltar o tempo e trazê-lo de volta, nem que seja por um minuto, iria lhe pedir algo muito importante para mim, por favor me ensine COMO SUPORTAR viver com sua ausência.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

1º de dezembro

Mais uma vez a data de 1º de dezembro será comemorada por um grupo de amigos aqui de Juripiranga, no qual eu faço parte, como a celebração da chegada do final de mais um ano. Chamado de "PRIMEIRO DO ULTIMO", esse dia é comemorado com vinho e escrevendo poesia. 

Esse "ritual" surgiu em 2005 quando nos reunimos no dia 1º de dezembro para comemorar a chegada do final do ano e celebrar aquele ano que particularmente para nós foi maravilhoso (pena que os anos não se repetem) em um lugar qualquer da cidade, com um garrafão de vinho de 5 litros alguns bloquinhos de papel, caneta na mão e os corações cheios de sentimentos importantes para guardar naqueles papeis. Guardamos tudo em forma de poesia, descrevemos situações inusitadas, escrevemos coisas que não contamos para ninguém durante o ano inteiro, xingamos também, (ninguém é de ferro), mas prevaleceu o momento de celebração.

Daí surgiu a idéia de não lermos o que estavamos escrevendo, teriamos que dobrar de maneira uniforme e guardar o que todo mundo escreveu num só lugar, ao secar o garrafão de vinho iriamos colocar tudo dentro da garrafa e guardar até o ano seguinte, quando tomariamos outro garrafão, abriríamos o da ano anterior e escreveríamos mais nos papeis, juntariamos tudo novamente e no ano seguinte... Pois bem, assim se fez até os dias de hoje. Seis anos se passaram, algumas pessoas importantes se foram, outras chegaram, alguns dos idealizadores não podem participar por motivos de distância, pessoas novas se agregaram a nossa turma, nos agregamos a outras turmas também, mas estamos lá! Daqui a pouco mais um encontro para a celebração do PRIMEIRO DO ULTIMO.

Antes de concluir, quero chamar atenção para alguns motivos que temos para comemorarmos a chegada de dezembro. É no mês de dezembro que as pessoas mudam, todos mudam (implicitamente ou não) seus comportamentos, a pessoa que teve um excelente ano, vai ficar meio apreensivo se o próximo ano vai ser tão bom quando o que está acabando, ou a pessoa que teve um ano péssimo, pode começar a se animar com a esperança de que terá um próximo ano melhor, os tristes por motivos de solidão se alegram, pois é geralmente nessa época que todo mundo lembra de todo mundo, os tristes por motivos de perca de familiar ou alguém querido pode enxergar no natal um motivo para celebrar a vida, é o mês em que acontece as confraterizações que é o momento de sentar com aquela pessoa que falou mal de você o ano inteiro (ou visse e verssa) e comerem juntos um tipo de comida que geralmente não comem durante o ano, é o mês dos comerciantes contratarem mais gente, pois a idéia NATAL vende muito e isso gera lucro. É ainda no mês de dezembro que todos esperam a chegada de janeiro, onde muitos tiram férias (outros continuam sem fazer nada) e migram para o litoral, onde se vive os 'sonhos' mostram as riquesas e as aparências nunca são tão bem aparentes como nesse momento, mas falar de janeiro merece uma postagem particular, o foco aqui é dezembro.

Temos aí diversas demostranções do que acontece no mês de dezembro, algumas podem ser contestadas, outras devem ser contestadas, outras simplesmente não tocam ninguém, mas tenho certeza que todos vocês concordam que dezembro é um mês diferenciado de todos os outros.

Bem, expondo minhas idéias e revelando meu segredo sobre nosso ritual de 1º de dezembro me dispeço, logo mais a noite, encontrar a turma, escrever o que sinto hoje, o que senti durante o ano e o que pretendo sentir no próximo ano. À todos FELIZ MÊS DE DEZEMBRO!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Conversa de Botas Batidas






Um mito interessante que envolve “Conversa de botas batidas”. A música seria baseada no desabamento do hotel/motel Linda do Rosário, no Rio de Janeiro. O prédio 55 da Rua do Rosário desabou em 2002. Quando a estrutura começou a ruir, o porteiro do estabelecimento começou a chamar os funcionários e os clientes pra fora. Bateu insistentemente em um quarto (deixa o moço bater…) mas o casal que estava lá não saiu.

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Reza a lenda que eram amantes. Um casal de velhinhos que frequentava o local há anos. Ali, se escondiam das famílias e viviam seu amor secreto. Quando ouviram as batidas desesperadas, resolveram ficar por lá mesmo (Que eu cansei da nossa fuga…). Os corpos teriam sido encontrados abraçados e nus (Me abraça forte agora, que é chegada a nossa hora…)

Tem quem não acredite, mesmo com a própria banda confirmando parte da história. Afinal, isso não garante muita coisa, vide caso da revolta do Acaju. Eu não só acredito, mas acho que isso torna a letra ainda mais interessante.