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domingo, 11 de dezembro de 2011

Reféns

Em Juripiranga a coisa tá séria quando se trata de fornecimento de energia elétrica e telefonia móvel. Agora é rotineiro faltar energia todos os dias, pelo menos 1/4 do dia e pra variar quando isso acontece o sinal de telefone móvel que é fornecido pela OI simplesmente DESAPARECE. O que mais frusta é que as vezes ele volta, outras não. Sexta feira passada dia 09/12/2011 passamos 16 horas sem o sinal desta BENDITA operadora.

A situação é como se estivéssemos vivendo na Etiópia, claro que isso é mal comparando a situação, mas lá o fornecimento de comida se dá desta forma, dosadamente durante um período, onde você tem que aproveitar o alimento que chega nos helicópteros da ONU e jogam a comida para os cidadãos etiopianos. Voltando a nossa ilha (perdida no nada) temos que aproveitar o pouquinho de energia que temos durante o dia se quisermos por exemplo passar roupa. Não podemos mais simplesmente escolher: quero passar roupa as 14h:00min! Não, isso não nos pertence mais, temos que ser guiados com o horário que a nossa querida ENERGISA desejar fornecer energia elétrica. 

Assim como também não podemos mais falar para aquele amigo ou amiga: "a noite eu te ligo!" Sonha que é de graça, falar com o seu amigo não! Temos que esperar a MALDITA operadora OI liberar o sinal para podermos utilizar o aparelho celular que é nosso, mas dependemos dela para o uso.

Não vou alongar mais, acredito ter deixado o meu recado e que ele seja propagado pelos quatro cantos da cidade, é o que podemos fazer para apelar que esses serviços melhorem, afinal, pagamos por eles e não é nada barato e assim um dia quem sabe deixaremos de ser REFÉNS!???

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Desacato ao Desencanto

Por favor, alguém me arranje um caixão, estou morto...
A essas alturas as velas estão acesas, o choro é contínuo, As lembranças se alastram e faz rasgar o véu branco que cobre meu rosto. Há ainda quem festeje, àqueles que sussurraram baixinho o clamor da glória. Glória provinda da derrota. Ainda que encontrem a cura do mal, curar o mal em si não basta.
A vida nega a vida, você nega a sua e nós negamos a de quem será devastado por nossa inexorabilidade...

Por favor, alguém me arranje um caixão, estou morto...
A essas alturas já sou um lixo orgânico, um lixo orgânico de péssima qualidade por sinal e sua principal função será contaminar o solo com seu corpo maléfico e a sorte maior deste bendito solo é que seus pensamentos não serão enterrados juntos, pois essa podridão de seus atos são reflexos de todo conjunto
De maldades planejadas...

Por favor, alguém me arranje um caixão, estou morto...
A essas alturas já encontro outros mundos. Esse fato me constrange, não esperava outros mundos, assim como não esperei da vida a vida, a morte não poderia me trazer a morte, por isso decreto que meus pensamentos irão viver e permanecerem ativos na ação de todos aqueles que os conhece. E nós? estamos sempre negando a vida...

Por favor, alguém me arranje um caixão, estou morto...
A essas alturas não encontro nenhum salvador. Nada de sagrado, nada de celeste, nada do que pode ser chamado santo. Não é por maldade, mas por esperança, lamento! O anjo negro que não encontro nas gravuras da missa, apresenta-se como o soberano, o salvador. Nega teu orgulho, tua honestidade, teu sacramento, tua carne ferve ao canto celeste...

Por favor, alguém me arranje um caixão, estou morto...
A essas alturas estou puro, livre de saberes, livre de verdades contestadas, livres da busca por conhecimento,
livre da contestação do ser. Ser que se diz gente, pessoas, passos tortos, passos mórbidos, nossos mortos. Pessoas que correm, pessoas que procuram, pessoas que acham. Acham que a vida não se apaga ao nascer de um novo sol, à luz de um novo luar... 


Por favor, alguém me arranje um caixão, estou morto...